O que podemos esperar do e-commerce brasileiro para os próximos anos?

Lexos

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2 de maio de 2022

Atualizado em 5 de junho de 2024

Não é de hoje que o mercado do varejo online está aquecido, ainda mais pela aceleração digital causada pela pandemia. Com número crescente de sellers, as soluções no mercado buscam cada vez mais atuar de ponta a ponta na experiência de compra online.

Mas como será o futuro do e-commerce? Essa foi uma das questões centrais do VTEX Day 2022, uma referência quando o assunto é inovação digital. 

Fizemos essa pergunta para sellers, influenciadores, parceiros e investidores que estiveram presentes no evento. As visões complementares trazem a mesma ideia central:o futuro do e-commerce é próspero e de crescimento. E já está acontecendo!

Estar online é imprescindível para a sua sobrevivência

“Se você não está no digital, seu negócio vai deixar de existir a curto prazo. É essencial presença nas redes sociais, no e-commerce, nos marketplaces”, afirma Marcelo Menezes, do Fullcommerce. O empresário reforça que a diversificação dos canais é fundamental para escalar um negócio. 

Mesmo com todo crescimento registrado nos últimos anos, os números do varejo online no Brasil são animadores. As projeções mostram que a participação das vendas online representam apenas 11% do total de vendas do varejo.

Gigantes mundiais de olho no mercado nacional

Essa possibilidade de crescimento reflete nos movimentos do mercado. De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de pagamentos Visa, o volume nacional de transações no e-commerce deve chegar a R$ 171 bilhões até 2023.

Todas essas oportunidades atraíram a atenção de grandes corporações. Um exemplo é a vinda do gigante AliExpress para o Brasil, em setembro de 2021. Presente em 220 países e com mais de 150 milhões de usuários ativos, o marketplace chinês viu no Brasil uma forma estratégica de crescimento. “O AliExpress veio para o Brasil vendo esse grande potencial de crescimento, principalmente depois da pandemia. A percepção que tenho é que todas as partes vão se conectar, seja o varejo, digital, todos os lados do e-commerce vão se conectar, fazendo um grande ecossistema” comenta Viviane Almeida, Commercial Manager do AliExpress.

Um ecossistema feito de parcerias

Essa conexão entre os atores do ecossistema do e-commerce nacional é uma das tendências trazidas pelo professor e pesquisador da NYU Scott Galloway, que palestrou no VTEX Day. Galloway reforça a possibilidade de crescimento no varejo, não só para o dono do produto ou para grandes corporações, mas também para quem vende soluções para esse segmento.

“Há 20 anos eu trabalho com comércio eletrônico, e o que percebo é o olhar de parceria entre grandes e pequenos. Através das integrações, eles começam a criar relacionamento e criar oportunidades. É um futuro interessante, uma vez que os pequenos conseguem ter espaço e soluções para trabalhar de uma forma mais saudável acessando os principais lojistas do mercado e internacional”, afirma Natan Sztamfater, fundador e investidor da Aimorés Investimentos.

Foco no pequeno seller

Seguindo nessa linha, o Magalu tem ampliado sua estratégia para chegar aos pequenos lojistas, por meio de programas de parcerias e de formação. “Percebemos uma carência do pequeno seller e das lojas locais que não tem tantas oportunidades. Para fazer nossa parte dentro desse ecossistema, oferecemos uma série de conteúdos e programas de parceria para contribuir para o crescimento dos negócios e formação das pessoas nesse sentido”, comenta Alexandre Roza Morón, coordenador comercial do Magalu.

A percepção de quem está no mercado

Se as transformações no varejo online parecem acontecer de forma muito rápida, essa percepção é ainda mais apurada para quem está na linha de frente. “O e-commerce de 30 dias atrás não é o mesmo de hoje, então é muito importante estarmos sempre atualizados. Vender online deixou de ser uma opção e se tornou fundamental para quem quer ter sucesso em seu negócio”, afirma Kaique Oliveira, da Mais Barato Brinquedos

“Nós começamos há 5 anos e eu confesso que não acreditava muito nas vendas online. Hoje eu toco uma operação de mais ou menos 2 mil pedidos por dia. O recado que eu deixo é: pode acreditar que o negócio está evoluindo e vai crescer muito!”, finaliza.